Férias e <i>rentrées</i>
A comunicação social dominante alimentou-se e alimentou os seus leitores, durante o último mês e meio, das férias dos políticos, dos gestores, do jet-set português e foi especulando – pelo que difundiu e pelo que omitiu – sobre as actividades dos diferentes partidos e respectivas rentrées.
Mesmo em «período de férias», o Partido não parou a sua actividade
O que projectou neste período – e como projectou – põe claramente em evidência ao serviço de quem estão os principais órgãos de comunicação social que procuraram desviar as atenções e iludir as questões de fundo com que os portugueses se debatem, entre as quais as próprias férias que, para além dos capitalistas e dos que no poder defendem os seus interesses, estão cada vez mais limitadas aos que têm emprego fixo e, mesmo quanto a estes, aos que auferem salários que lhes permitam um efectivo gozo de férias.
Durante este período, a «informação» acentuou o seu conteúdo de classe. Sabendo-se a menor ou mais superficial atenção que se lhe dá em férias, a comunicação social transformou este ano, mais ainda do que é habitual, a notícia em propaganda. Particularmente em relação à acção do Governo que, garantindo ainda há pouco tempo estar Portugal imune à crise, foi agora obrigado a vir a terreiro escusar-se com a crise internacional; ou em relação à mistificação da diminuição do desemprego ou da inauguração do call center de Santo Tirso; ou, ainda, a justificação para a última fase de reprivatização da Galp, alienando ao grande capital posições que o Estado ainda detinha nesta empresa de interesse nacional estratégico.
Sobre as acima referidas rentrées, as notícias são ainda mais elucidativas quanto ao desnorte que vai pelo PSD e a grande dificuldade de propor algo diferente da política seguida pelo Governo PS/Sócrates, pelo que até se transformou em notícia o «regresso da líder à sede nacional do partido», de onde saiu a proposta avulsa de demissão de um ministro.
PCP não pára
Bem diferente foi a actividade do PCP. Mesmo em «período de férias», o Partido esteve permanentemente atento à propaganda demagógica do Governo visando desmobilizar o desenvolvimento da luta e o necessário combate ao novo Código do Trabalho que, a vingar, significaria um brutal agravamento da exploração dos trabalhadores; tomou posição sobre vários assuntos sobre questões nacionais e internacionais (posições que a comunicação social em geral silenciou); esteve com os trabalhadores em luta na TAP e em muitas pequenas e médias empresas; desenvolveu várias iniciativas de que se destaca, entre muitas outras, a Festa da Alegria que foi, aliás, discriminada pela comunicação social; e está a preparar a Festa do Avante!, essa grande iniciativa política e cultural de massas, (re)encontro anual dos comunistas que projecta confiança para os desafios que a luta contra a política de direita nos coloca.
A Festa é assim a tarefa mais imediata que temos. Na semana que resta até à abertura das portas da Quinta da Atalaia, há ainda muito trabalho a realizar: participar na última e decisiva jornada de trabalho, divulgar o programa da Festa, vender EPs, organizar excursões, garantir os turnos para os stands, para as portas, bilheteiras e outros serviços, acolher as delegações estrangeiras e preparar o seu programa, mobilizar para o Comício e planificar as tarefas de desimplantação. Enfim, assegurar o grande êxito da Festa, tão necessário à mobilização para as batalhas sociais e políticas que se seguirão.
A partir de final de Setembro, o colectivo partidário terá pela frente a última fase de preparação do XVIII Congresso. A discussão das Teses/Projecto de Resolução Política e a eleição de delegados constitui, a par da intervenção política, da luta social e do reforço do Partido, a mais importante tarefa para todos os organismos e militantes. Prosseguindo o processo de discussão iniciado em Março e, após a fase de elaboração do documento congressual e da sua aprovação pelo Comité Central, as organizações deverão criar as condições que permitam recolher e inserir no Projecto de Resolução Política os contributos do maior número possível de membros do Partido, dos mais experientes e destacados aos mais modestos e mais recentemente filiados. Este processo de preparação dos nossos congressos, que se contrapõe aos congressos/projecção mediática de luta de tendências e/ou personalidades dos outros partidos portugueses, é um garante da profunda democracia interna e da igualdade de direitos e deveres de todos os seus militantes, constituindo factor de coesão, de unidade de pensamento e de acção.
O Congresso aprovará as orientações e os caminhos que concretizem a tão necessária ruptura com a política de direita, abrindo assim espaço à alternativa que garanta a defesa do regime democrático consagrado na Constituição e assegure os interesses vitais dos trabalhadores, a soberania e a independência nacionais, a alternativa que contribua para uma Democracia Avançada, simultaneamente política, económica, social e cultural, ao serviço do povo e do País.
Durante este período, a «informação» acentuou o seu conteúdo de classe. Sabendo-se a menor ou mais superficial atenção que se lhe dá em férias, a comunicação social transformou este ano, mais ainda do que é habitual, a notícia em propaganda. Particularmente em relação à acção do Governo que, garantindo ainda há pouco tempo estar Portugal imune à crise, foi agora obrigado a vir a terreiro escusar-se com a crise internacional; ou em relação à mistificação da diminuição do desemprego ou da inauguração do call center de Santo Tirso; ou, ainda, a justificação para a última fase de reprivatização da Galp, alienando ao grande capital posições que o Estado ainda detinha nesta empresa de interesse nacional estratégico.
Sobre as acima referidas rentrées, as notícias são ainda mais elucidativas quanto ao desnorte que vai pelo PSD e a grande dificuldade de propor algo diferente da política seguida pelo Governo PS/Sócrates, pelo que até se transformou em notícia o «regresso da líder à sede nacional do partido», de onde saiu a proposta avulsa de demissão de um ministro.
PCP não pára
Bem diferente foi a actividade do PCP. Mesmo em «período de férias», o Partido esteve permanentemente atento à propaganda demagógica do Governo visando desmobilizar o desenvolvimento da luta e o necessário combate ao novo Código do Trabalho que, a vingar, significaria um brutal agravamento da exploração dos trabalhadores; tomou posição sobre vários assuntos sobre questões nacionais e internacionais (posições que a comunicação social em geral silenciou); esteve com os trabalhadores em luta na TAP e em muitas pequenas e médias empresas; desenvolveu várias iniciativas de que se destaca, entre muitas outras, a Festa da Alegria que foi, aliás, discriminada pela comunicação social; e está a preparar a Festa do Avante!, essa grande iniciativa política e cultural de massas, (re)encontro anual dos comunistas que projecta confiança para os desafios que a luta contra a política de direita nos coloca.
A Festa é assim a tarefa mais imediata que temos. Na semana que resta até à abertura das portas da Quinta da Atalaia, há ainda muito trabalho a realizar: participar na última e decisiva jornada de trabalho, divulgar o programa da Festa, vender EPs, organizar excursões, garantir os turnos para os stands, para as portas, bilheteiras e outros serviços, acolher as delegações estrangeiras e preparar o seu programa, mobilizar para o Comício e planificar as tarefas de desimplantação. Enfim, assegurar o grande êxito da Festa, tão necessário à mobilização para as batalhas sociais e políticas que se seguirão.
A partir de final de Setembro, o colectivo partidário terá pela frente a última fase de preparação do XVIII Congresso. A discussão das Teses/Projecto de Resolução Política e a eleição de delegados constitui, a par da intervenção política, da luta social e do reforço do Partido, a mais importante tarefa para todos os organismos e militantes. Prosseguindo o processo de discussão iniciado em Março e, após a fase de elaboração do documento congressual e da sua aprovação pelo Comité Central, as organizações deverão criar as condições que permitam recolher e inserir no Projecto de Resolução Política os contributos do maior número possível de membros do Partido, dos mais experientes e destacados aos mais modestos e mais recentemente filiados. Este processo de preparação dos nossos congressos, que se contrapõe aos congressos/projecção mediática de luta de tendências e/ou personalidades dos outros partidos portugueses, é um garante da profunda democracia interna e da igualdade de direitos e deveres de todos os seus militantes, constituindo factor de coesão, de unidade de pensamento e de acção.
O Congresso aprovará as orientações e os caminhos que concretizem a tão necessária ruptura com a política de direita, abrindo assim espaço à alternativa que garanta a defesa do regime democrático consagrado na Constituição e assegure os interesses vitais dos trabalhadores, a soberania e a independência nacionais, a alternativa que contribua para uma Democracia Avançada, simultaneamente política, económica, social e cultural, ao serviço do povo e do País.